segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A FÉ NOSSA DE TODO DIA.

Numa noite dessas perdi o sono, levantei de madrugada e fui fazer minhas orações cotidianas. Enquanto orava, aproveitei para pensar um pouco sobre a fé, ou seja, essa misteriosa força que orienta e guia as pessoas. Não só nessa fé que as pessoas dirigem às divindades, mas também na fé que as pessoas têm em todas as coisas que as cercam e com as quais convivem no dia a dia. Sim, porque o acreditar ou não nas coisas que sabemos ou que pensamos conhecer demanda um pouco ou uma grande quantidade de fé. E esta fé nos foi passada ou ensinada por alguém para que emprestássemos credibilidade a esse ou àquele assunto.  

Por exemplo: o caro amigo sabe que é filho do seu pai fulano de tal e de sua mãe beltrana da silva.  O amigo sabe disso porque lhe disseram quando ainda era criança. Assim, o amigo cresceu e amadureceu acreditando no que lhe informaram, mas não tem provas de que esse fato seja verdadeiro. Há uma certidão de nascimento provando esse fato? Há! Com certeza! Mas, e se a certidão for falsa ou se o amigo tiver sido adotado? E se ainda o caro amigo for filho de uma irmã, cuja maternidade a família precisava esconder. E, se no final for isso, aquilo ou aquiloutro?! Portanto, olha a fé aí se fazendo presente e mostrando seu poder de convencimento.

Portanto, a fé é uma mania que gente tem de validar a realidade das coisas para que elas passem a fazer parte de nossas vidas com legitimidade, com autenticidade, com firmeza e como verdade irrefutável.  Outro exemplo: quando se vai validar um documento no cartório ou reconhecer uma assinatura, o tabelião escreve mais ou menos assim: “Assino e dou fé”.  Para que esta formalidade? Para dar autenticidade e legitimidade ao documento, tornando-o crível, legal e verdadeiro. Vez ou outra alguém diz assim: “Ah! Eu não boto fé nesse troço”, querendo dizer eu não acredito nisso; eu não confio nisso. Olha a fé, de novo, dando o ar de sua graça.!

Logo, ter fé é acreditar piamente em algo e fazer daquilo um ponto de afirmação, apesar de a fé não ser imutável. Hoje a gente tem fé em algo, amanhã pode muito bem não ter mais. Mas há uma certa fé que acompanha a gente durante toda a vida, até porque a gente tem receio de abandoná-la e a coisa ficar pior. No caso é a fé em Deus. Essa costuma acompanhar a gente por toda a vida.  Na religião, por exemplo, a pessoa fica descrente com o padre ou o pastor, mas não descrenta de Deus. Olha a fé aí, firme e forte. O dia em que essa fé acabar, outro tipo de fé não terá nenhum sentido.

Assim, a fé vai levando a gente pela vida afora. A pessoa sem fé é muito vazia e sem rumo. Tem que ter onde encostar-se à hora das atribulações e sofrimentos. Temos que acreditar em algo para que vida tenha sentido. Uma pessoa que não tem fé ou não acredita em nada, além de vazia, deve ser muito infeliz. O volume da fé não importa muito, o que importa é que ela exista. Sempre a gente vê por aí que uns, fé de menos: já outros, fé de mais. A bem da verdade, a fé não remove montanhas, mas com certeza nos ajuda a transpô-la. Agora, a dinamite eu garanto que remove a montanha.

Brincadeiras a parte, pois estas não podem passar dos limites, todos nós temos que concordar que há uma fé da qual não podemos duvidar, ou seja, a crença de que somos filho de um Deus maior e universal, sem a mão do Qual não existira tanta beleza e tanto mistério em torno da criação. E para termos certeza de que somos filho Dele, não precisamos de nenhum registro formal e nem fazer algum exame científico, ultra moderno, como o de DNA. Basta percebermos a misericórdia que Ele derrama sobre nós e o volume de graças com que Ele, o Pai, nos cumula todos os dias.

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