segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A cabeça erguida, o nariz empinado e outras posturas psicossomáticas.

Cabeça erguida é a postura que pessoas de bem devem adotar ao longo de sua vida. De cabeça erguida é posição de pessoas decentes se mostrarem em público, revelando que nada têm a recear tendo em vista sua forma limpa de proceder, já que é pessoa de bem. E pessoas de bem nada têm a esconder ou a temer, pois se estas tivessem de ser temerosas, o que não dizer, então, das outras pessoas mal acostumadas, cheias de atitudes condenáveis que vão de encontro às normas legais e sociais? Antes de ser uma postura física, a cabeça erguida é um estado de espírito.
A cabeça erguida é forma mais correta que pessoas decentes devem adotar, mesmo elas estando em situação difícil, constrangedora, mas que não tenha sido causada levianamente por elas. Conheço pessoas que, mesmo estando em situação momentânea desfavorável, porém decente, aperto financeiro, por exemplo, andam sempre de cabeça erguida tal é a sua dignidade e retidão de caráter. Portanto, cabeça erguida é a postura mais adequada a uma pessoa cuja vida é pautada pela decência. E pessoas enquadradas neste perfil podem e devem ter altivez.
Entretanto, a não adoção da postura cabeça erguida não significa que a pessoa seja indecente ou não possua as qualidades das outras que adotam. Nada disso! Acontece que, mesmo sendo igualmente boas, as pessoas são diferentes em suas formas de reagirem perante as situações diversas e adversas. Assim, umas são fracas, tímidas, medrosas, introvertidas, melancólicas, e se abatem com mais facilidade. Enquanto outras já são fortes, extrovertidas, afoitas, corajosas e não se abatem facilmente. Há pessoas também que vêem na cabeça baixada uma atitude de respeito e meditação.
Por outro lado, há o nariz empinado. Esta, no entanto, já é uma postura de pessoas medíocres, que sempre querem ser o que não são. São pessoas pequenas, antipáticas e soberbas as que mais adotam esta abominável e ridícula postura. Aliás, não são as que mais adotam, são as únicas, pois pessoas normais, decentes, sábias e de boa convivência jamais adotariam tal modo de se portar perante as demais. Em todos os lugares há pessoas assim, de nariz empinado, mesmo não tendo nenhuma condição moral e material para envergar tal postura.
Parece que elas pensam que os outros não as conhecem e não sabem nada a seu respeito. Ao contrário, seguindo o grande defeito de cidades pequenas, a gente costuma saber tudo sobre as pessoas, até mais do que elas próprias. Em cidades pequenas, pode-se ficar sabendo de algo que vai acontecer, até mesmo antes do alvo do fato. Porém, isso é atitude de pessoas desocupadas e bisbilhoteiras que vasculham a vida das outras pessoas com o fito de espalhar boatos e fofocas, à vezes reais, o que pode servir de alerta para a pessoa vasculhada, forçando-a a descer o nariz.
Como se vê, essas duas posições capitais, pois estão na cabeça, são antagônicas. A cabeça erguida simboliza altivez, decência, dignidade e outros atributos de pessoas respeitáveis, a quem deveríamos tentar imitar. A estas, o meu aplauso. O nariz empinado é atitude de pessoas pequenas, medíocres, ridículas, que não reconhecem seu lugar. São pessoas que tentam passar a falsa impressão de que estão com tudo, enquanto estão com nada. São seres que quase sempre estiveram por baixo, mas usam o empinamento do nariz para parecerem superiores. A estas, minha vaia e meu conselho: Empinar pipa em dias de vento é bem melhor do que empinar o nariz.
Há outras duas posturas também psíquicas que acabam se confundindo com o físico, conforme as duas anteriores, e que as pessoas usam em decorrência da ocasião.  É o queixo caído e o topete levantado. O queixo caído é uma postura adotada numa situação de admiração, de contemplação, provocada, por exemplo, pela visão de uma coisa muito bonita, como a Carolina Dickman. Meu queixo cai; eu babo. Só que em casos do gênero, temos que ser discretos e observar se a  cara metade não está por perto. Caso contrário, correremos um sério risco de ter o queixo caído literalmente, em decorrência de um belo direto acertado nele.
Também fico de queixo caído quando vejo a criatividade dos políticos para arquitetarem formas de enganar o povo, se apossarem dos recursos públicos e ainda saírem ilesos, incólumes, por cima, como se nada ilegal e imoral tivesse acontecido. É de cair o queixo a esperteza e a astúcia que esse pessoal tem para ludibriar todo mundo. Fico também boquiaberto de vê-los negar as acusações, claras e transparentes, na maior cara-de-pau, sem nenhum constrangimento, e ainda se fazendo de vítima, botando a culpa na oposição e na mídia. Com essa gente temos que adotar urgentemente uma outra postura, ou seja, ficar com a pulga atrás da orelha.
O topete levantado, ou crescido, já é um ato perigoso, pois que caracteriza mais uma bravata, uma situação de confronto, que pode levar a um desfecho desagradável, principalmente se tratando de mais de um topete crescido ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Costuma surgir daí uma baita confusão. Neste caso, já pode aparecer aí uma outra postura, que também caracteriza situações assustadoras e amedrontantes, ou seja, ficar de cabelo em pé.  Então, procuremos evitar o nariz empinado, o topete crescido e o cabelo em pé. Entretanto, procuremos ficar sempre de cabeça erguida, que é a melhor postura, pois não irrita, não agride e nem menospreza ninguém. E por que não de queixo caído sempre que houver motivo decente ou agradável?

2 comentários:

  1. bom dia, detesto pessoas com nariz empinado.
    infelizmente convivo e vivo com alguém deste dipo.

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  2. bom dia, detesto pessoas com nariz empinado.
    infelizmente convivo e vivo com alguém deste dipo.

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