quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Carta à Arcoense do Mural de Recados.

Quanto ao seu recado do dia 21/09, destinado à População, desejo fazer alguns comentários, agora que disponho de mais tempo, pois tive que me ausentar de Arcos por alguns dias.  No entanto, este texto está pronto desde 30/09, mas depois de seu último recado me senti motivado e até no dever de posta-lo, porém sem intenção de alimentar confrontos e ingrisias, e também para tentar me fazer entender melhor. Se puder entender meu propósito, ficarei muito grato. Depois, se quiser me procurar pessoalmente estarei à disposição. Então, vamos ao assunto:
Primeiramente, não estou preocupado com o fato de saberem quem se cognominou Patativa.  Sou um cidadão comum, não devo nada a ninguém, principalmente à justiça.  O único problema é aquele inerente às cidades pequenas, onde todos se conhecem e quase ninguém perdoa ninguém, mesmo quando se está dizendo a verdade. Principalmente quando o ninguém a ser compreendido ou perdoado é de origem humilde, de família pobre, sem prestígio social, conforme a minha. Em cidades pequenas as pessoas, mesmo sendo dignas, são respeitadas pelo seu “ter”, e não pelo “ser”, salvo honrosas exceções. Nada tenho a esconder, pois tenho o direito de escolher o lado político mais racional, até porque não tenho nenhum interesse pessoal. Aliás, nem gosto de política, como também detesto alguns políticos.
Sobre isso, já disse aqui que se eu fosse um seqüestrador, ia me especializar em raptar políticos e fazê-los devolver ao povo tudo o que roubaram. Eu ia ter muito trabalho, mas tentaria assim mesmo. Dentro de pouco tempo eu teria vários adeptos em todo o país, o que transformaria o Brasil num grande cativeiro, com muitos seqüestros em andamento, aguardando a família do seqüestrado devolver os bens subtraídos. Neste caso, não seria um Robin Hood, porque este tirava dos ricos e dava aos pobres, seria apenas um justiceiro fazendo o que a lei brasileira nunca se dignou a fazer plenamente, permitindo aos dilapidadores do Erário Público ficar livres e ricos, debochando do povo sofredor e das instituições enfraquecidas por eles mesmos, com suas habituais falcatruas. .
Em segundo lugar, quero esclarecer que não tenho a intenção de desmoralizar nenhuma pessoa ou órgão, pois não possuo respaldo para isso. Apenas faço críticas, moderadas, a fatos concretos e conhecidos por todos. Comento sobre atitudes de um governo que, depois de tanta luta para eleger-se, tinha tudo para ser uma boa novidade, tendo em vista as promessas de renovação, mas que começou de maneira equivocada. Como equívocos que desapontaram parte da população cito apenas três: a festa da posse por conta do erário público; a concessão de cargos de confiança a pessoas que nada têm a ver com Arcos; e, por fim, a construção precipitada do lajão. Isso não se trata de azedume de eleitor derrotado, mas de constatação do desapontamento das pessoas que nos falam sobre os fatos.  
Conforme já declarei aqui, eu não votei no atual prefeito e votei em apenas um vereador, mas isto não significa que os escolhidos por mim são os únicos bons, não.  Os outros também podem ser. Apenas tentei escolher os que eu considerava melhor na época. Quanto ao legislativo, eu generalizo os treis níveis, e não todos os membros de cada um. Eu sei que há senadores, deputados e vereadores que prestam, embora não seja a maioria. Entretanto, a desmoralização de que eles, os legislativos, desfrutam foi criada por eles mesmos, uma vez que são gananciosos, perdulários e pródigos ao gastarem os recursos públicos em detrimento dos interesses maiores da sofrida população brasileira. Exemplo: dinheiro para dar aumento justo aos professores não há, mas não reduzem um centavo na verba destinada aos legislativos.
Em seguida, garanto-lhe que não pago para postar nada, pois não teria nenhuma vantagem se tivesse que fazê-lo, já que não tenho nenhum interesse pessoal. Se há alguém pagando, na certa não sou eu. Eu gostaria é de receber algum “cascalho”. Pedrada, não! Como você está se queixando dos bloqueios, eu também me queixo. Só que o Moderador não divulga minhas reclamações quanto a isso porque são muitas. Mesmo assim, eu não penso que o Portal receba algum valor para divulgar ou não mensagens contra ou a favor das pessoas que ora administram Arcos.  Penso tratar-se apenas de imparcialidade. Então, pode tirar essa suposição da cabeça, pois as publicações são gratuitas, desde que enquadradas no regulamento do site. Prefiro pensar assim.
Por fim, sem por gasolina no fogo, quero lhe perguntar por que no seu recado você não citou o mais implacável e contundente adversário político da atual administração, o Antônio Vitor, restringindo-se a citar Patativa, Palito e Nelson Morais?  Será que é porque os citados não possuem a carapaça protetora que o Antônio Vitor possue? A carapaça a que me refiro é a tradição familiar, muito antiga, e a influência de seu pai, um político decidido e acima de suspeitas. Eu, muito menos do que Nelson Morais, possuo tradição familiar, bem como nenhuma influência política. Quanto ao Palito nada sei dizer, por que não o conheço, mas acho que também não se enquadra no mesmo perfil do Antônio Vitor, senão não teria sido citado. Olha, não precisa se dar ao trabalho de responder, só pense nisso.
Antes de terminar, quero esclarecer que não sou generalista. Se o fui alguma vez, foi por descuido de minha parte, já que sempre gostei de repetir que toda regra tem exceção e também de usar termos adequados à exclusão de inocentes, alheios ao meio citado. Nunca achei justo confundir o todo com a parte, ou vice-versa. “O erro de um só frade não pode condenar todo o convento”. Consoante você disse, eu lhe magoei profundamente incluindo seu ente querido no rol dos censuráveis. Caso isso tenha acontecido e tenham si sentido INJUSTIÇADOS, espero que me desculpem e não vistam carapuça de bitola errada. Lembrem-se de que toda afirmação, insinuação ou carapuça têm a destinação predefinida. E quem a merece, se for pessoa dotada de alguma consciência, costuma entender a mensagem.
Portanto, quem não deve, não precisa temer. Em sendo atingido e não merecendo, é só se manifestar da forma desejada, dizendo que não faz parte daquele rol, bem como exigindo retratação. Entre o céu e a terra, sempre há uma explicação para quase todas as falhas humanas.  A própria lei codificada dos homens dá a todos o direito de defesa, até mesmo a quem a gente julga não merecer.  Se alguém me ofender ou agredir injustamente, apresento minha réplica e peço retratação. E é isto que estou, em parte, fazendo agora, ou seja, me retratando. Subterfúgios, explicações, desculpas, perdão e outras formas de amenizar conflitos foram feitos para ser pedidos e concedidos a quem os pede e os merece.  Assim, se eu merecer, queira me desculpar, inclusive pelo tamanho deste texto. Um abraço, obrigado e até mais ver.

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